O que é Facilitação de Grupos?

Liderar pessoas é uma missão bastante complexa, para a qual diversas metodologias vêm sendo desenvolvidas e testadas ao longo do tempo. Um dos métodos mais recentes e eficientes para liderar e engajar equipes é a Facilitação de Grupos. Neste texto você vai entender melhor de que se trata este conceito e como ele pode ser aplicado em sua carreira.

A Facilitação de Grupos é um método de liderar pessoas. Este método é baseado muito mais no respeito e na empatia do que na autoridade. Sendo assim, o facilitador não dá ordens, mas guia a sua equipe a obter o melhor desempenho por meio de questionamentos estratégicos que instigam os colaboradores a solucionar problemas.

Como o próprio nome diz, a Facilitação de Grupo é um processo de simplificação e descomplicação que o líder realiza sobre a sua equipe, ajudando-os a interpretar melhor as tarefas, os caminhos para cumpri-las e quais as ações necessárias para ter a melhor performance no trabalho.

Esta é uma metodologia desenvolvida para aplicação em equipes cujo modelo não seja tão baseado em hierarquia. Mas mesmo em organizações mais tradicionais, com uma estrutura de autoridade bem desenhada, este formato de liderança pode ser aplicado com ótimos resultados, auxiliando a um desenvolvimento das potencialidades de todos os membros da equipe, de líderes a subordinados.

O surgimento e a consolidação da liderança a partir da Facilitação de Grupos estão em sintonia com a tendência das empresas de, em suas equipes, proporcionar uma organização mais horizontal, onde o gestor atua muito mais como mentor do que como chefe. Isso evita atritos, além de incentivar a criatividade dos membros.

Para líderes e colaboradores que vivem em uma realidade corporativa mais tradicional, baseada na hierarquia, pode parecer até difícil imaginar uma maneira de trabalhar que não seja a partir de ordens expressas, cadeia organizacional e autoridade. Mas este formato de gestão é possível e tem sido aplicado com sucesso em um número cada vez maior de empresas.

A metodologia da Facilitação de Grupos ocupa um papel fundamental neste processo. Na prática, o líder que trabalha utilizando esta estratégia tem uma atuação muito semelhante à de seus liderados visto que trata a todos os seus subordinados de igual para igual.

Porém, o líder Facilitador tem a habilidade e a experiência para fazer as perguntas certas, no momento mais oportuno, para instigar os colaboradores mais preparados a solucioná-las. Com estes questionamentos, ele ajuda a descomplicar conceitos, objetivos, técnicas, métodos e prazos, além de auxiliar na solução de crises que possam vir a surgir durante a rotina do trabalho.

Além do que já mencionamos, os questionamentos realizados pelo facilitador também podem ser utilizadas para fomentar a criatividade e a geração de novas ideias, solucionar conflitos entre colaboradores e combater as dificuldades e dúvidas que um colaborador pode ter ao desempenhar suas atividades.

É impossível que o líder facilitador saiba tudo o tempo todo. É por isso que ao longo do seu processo de fazer perguntas e guiar seus colaboradores, ele também aprende e se torna mais preparado a lidar com as questões que o trabalho impõe a ele e ao seu grupo.

O líder facilitador de grupos trata a seus colaboradores com respeito e igualdade. Compartilha de seus pensamentos e pontos de vista, busca entender suas dificuldades, desenvolver as capacidades especiais de cada subordinado e atender a todos com empatia. Dessa maneira, a liderança do facilitador acaba se dando pelo respeito, pela consideração e pela empatia, e não por uma autoridade estabelecida hierarquicamente.

Agora que já falamos sobre como a Facilitação de grupos surgiu e porquê utilizá-la, temos também alguns conselhos de como os gestores podem desenvolver estas habilidades e utilizá-las no dia a dia juntamente a seus colaboradores. Veja:

Busque contemplar a todos os membros da equipe - a facilitação de grupos existe para que os líderes façam as perguntas certas às pessoas certas no momento adequado. Porém, isso não significa que o líder deve fazer questionamentos apenas às mesmas pessoas.

Muito pelo contrário, o líder facilitador deve se preocupar em incluir todos os membros da equipe no processo de tomada de decisão e na solução de questões do dia a dia. Se algum colaborador por acaso apresenta um desempenho abaixo do esperado, o facilitador utiliza técnicas de facilitação para tentar equiparar este membro ao restante do time.

Fazer as perguntas certas - Boa parte do trabalho de desenvolvimento de um líder facilitador está em desenvolver a habilidade de fazer as perguntas certas, que vão realmente contribuir para o trabalho. Para isso, ele precisa compreender que não se deve dar o conteúdo pronto aos colaboradores, mas sim ensiná-los a encontrá-los.

É uma versão desenvolvida e aplicável daquele velho ditado “Não dar o peixe, mas ensinar a pescar”. Com a diferença que aqui também não se ensina, mas se provoca o intelecto dos colaboradores a desenvolver-se e obter um melhor desempenho.

Escolher o tempo certo - saber o melhor momento para questionar também é importantíssimo. Para isso, o facilitador precisa estar em constante monitoramento de tudo o que acontece na equipe e ao redor dela. Assim, ele consegue detectar os instantes mais assertivos para introduzir seus questionamentos e incentivar o time.

Pesquisas na área dos recursos humanos indicam que há 3 tipos de lideranças facilitadoras. Elas podem ser aplicadas de maneira individualizada ou de forma conjunta.

Líder enérgico - tem um aspecto mais inspirador. Pode ser mais ativo ou reflexivo, manifestando-se de maneira enérgica e incentivando a criatividade.

Líder orientador - este é um estilo de facilitação mais técnico. Aqui, as perguntas são destinadas menos a inspirar ideias novas e mais a solucionar problemas ou necessidades que se apresentam.

Líder controlador - mesmo dentro da facilitação de grupos pode ser necessário tomar ações de controle sobre a equipe. Isso, naturalmente, não é feito de maneira hostil ou autoritária. Mas o líder pode fazer perguntas que o auxiliem a ter um pouco mais de controle sobre o grupo, caso julgue necessário.
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